sábado, 18 de janeiro de 2014

*Síndrome do Pânico: Uma Perspectiva para Além dos Sintomas*

Torna-se cada vez mais comum que diferentes indivíduos, em um dado momento de suas vidas, apresentem sintomas correspondentes à Síndrome do Pânico. Um dos aspectos que mais assusta os pacientes é o fato dos sintomas se apresentarem de forma abrupta e devastadora, prejudicando as inúmeras vertentes de sua realidade, como âmbito familiar; relações interpessoais; trabalho e etc.
É imprescindível que o paciente seja submetido à um diagnóstico diferencial antes de afirmar que apresenta a Síndrome do Pânico, portanto deve ser encaminhado para avaliação cardiológica e/ou neurológica com intuito de eliminar a possibilidade de doença física.
Racionalmente, tentamos procurar causas lógicas e estritamente ligadas ao sintomas com objetivo de aplacar a angústia de não obter controle sobre o próprio corpo. Porém é preciso desmistificar este pensamento.
Por conseguinte venho propor uma nova perspectiva ...
Começarei com um caso clínico fictício para ilustrar a linha de raciocínio.
"Uma paciente com 17 anos de idade optou por realizar um aborto ao descobrir, abruptamente, uma gestação e após concluir que sua família, um tanto quanto conservadora, provavelmente a expulsaria de casa e a condenaria a nutrir um matrimônio contra sua vontade. Esta mulher viveu por anos sem falar sobre tal acontecimento, porém aos seus 40 anos de idade, passa a apresentar sintomas de doença de pele com manchas protuberantes em sua perna. Porém, ao ser avaliada por um equipe médica, os profissionais constatam que a paciente apresenta uma doença de pele, porém não há indicadores que que justifiquem a intensidade dos sintomas e muito menos a não minimização e/ou melhoria dos mesmos.
Ao iniciar o processo de Psicoterapia, a paciente revive o aborto que realizou, bem como a culpa e sofrimento desencadeados por tal e somente assim sua saúde física e psíquica retornam ao eixo, desta forma a mulher pôde olhar mais atentamente para si mesma e se perdoar".
O caso acima foi superficial e exposto de maneira reduzida para que seja possível compreender como um acontecimento aleatório em nossa história pregressa pode desencadear sérias consequências, mesmo após longos anos e, principalmente, não demonstrar uma ligação óbvia com os sintomas que o paciente apresenta.


Autora: Amanda Matos dos Santos (Psicóloga Clínica & Psicanalista Infantil)
Contatos: (11) 2834-3731 e 9.7487-8692
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